São tantos sonhos, tantos planos, tantas vontades. Eu poderia desistir de tudo, mas escolhi permanecer na luta. Vivo em conflito com esse mundo sujo, onde sonhos são mortos por palavras que saem da boca de seres cruéis. Seres que jogam seus sonhos no lixo, e por diversas vezes insistem em jogar o do próximo também. Seres com a alma encharcada de sentimentos ruins, sem nada de bom à oferecer. Seres que trocaram o coração de carne por um coração de pedra. Abriram mão do amor para viverem com um coração vazio. Seres incapazes de dar um passo a favor do próximo. Que não sabem ser. 
E eu? Eu sigo, eu permaneço. Eu não paro porque os outros são os outros, ainda que não saibam bem quem são. Não paro porque sou feita metade de sonho e metade de amor. Mesmo com uma grande parcela de dor e medo, o resto eu creio ser fé. E fé vence tudo, abre caminhos, adoça corações, dá coragem no escuro e humildade na luz. Eu pego meus sonhos, embalo com tudo o que há de bom em mim e carrego nas costas, independente do que o resto do mundo diga. Independente das forças contrárias e dos que insistem em me dizer que o mundo é dos espertos e não dos bons. Eu embrulho meu amor e minha fé no peito e não há quem me faça desfazer o nó.
Porque não nasci para seguir a corrente, eu nasci para nadar contra a maré rumo ao que me espera. Eu vejo o futuro brilhar lá no fim e me esqueço dos olhares e pensamentos que, por um momento, pensei que fossem me impedir. Não, nada disso é capaz de abalar minha fé. Eu poderia optar pelo caminho mais fácil, mas escolhi o caminho do bem.